terça-feira, outubro 24, 2006

Repórteres Sem Fronteiras mostram
que o rei Eduardo dos Santos vai nu

Os Repórteres Sem Fronteiras pouco (ou nada) percebem de liberdade de Imprensa. Como é que se atrevem a colocar Angola na 91ª posição, bem depois de todos os outros países lusófonos? A Guiné-Bissau aparece no 62º lugar, o Brasil no 75º, Timor-Leste no 82º, Cabo Verde e Moçambique no 45ª entre os 167 países analisados. Portugal, diz a RSF, está em 10º lugar.

Valha-nos ao menos a alguns de nós (sim, que à “democracia” angolana isso pouco interessa) o exemplo de Cabo Verde que, depois de ter estado durante dois anos entre os 40 primeiros países na Classificação Mundial para a Liberdade de Imprensa, assegura agora um ligar bem acima dos EUA (53º).

Em 2005, o arquipélago conseguiu o melhor "ranking" de sempre (29º), situando-se à frente da França. Uma subida assinalável em relação a 2004 (38º) e a 2002 (46º) e 2003 (47º), as piores posições do país neste "ranking".

À frente dos EUA pela segunda vez consecutiva, e do Brasil, Cabo Verde situa-se, em 2006, no 45º lugar entre 167 países, classificando-se nesta posição, em ex-aequo, com Moçambique, Sérvia e Montenegro e com a Macedónia.

O primeiro lugar da lista é da Finlândia, posição que partilha, em ex-aequo, com a Irlanda, Islândia e Holanda. Os países onde existem maiores restrições à liberdade de imprensa são a Coreia do Norte, o Turquemenistão e a Eritreia.

Que Luanda não é Pyongyang já é uma boa notícia. Falta é saber se o é também para os ortodoxos do MPLA que, penso, são muito mais radicais do que o próprio vitalício presidente angolano.


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