quinta-feira, novembro 30, 2006

Entre uma visão do futuro e o futuro de uma visão

"África é para nós uma prioridade indiscutível. Desde o início do meu governo, visitei 17 países africanos e recebi 15 líderes da região, além de ter reaberto 12 embaixadas".

“A nossa forma de abordar o relacionamento com África deve basear-se no realismo. Embora admitindo que temos interesses nem sempre convergentes, está ao nosso alcance aproveitar as áreas onde todos podemos beneficiar, sincronizar a ajuda ao desenvolvimento, coordenar esforços e compreender, afinal, a inevitável complementaridade entre a Europa a África. Assim se consolidará uma parceria voltada para o progresso e a compreensão mútua entre os dois continentes”.

A primeira afirmação é concreta e directa. A segunda divaga sobre o sexo dos anjos. Uma revela a visão do futuro e a outra o futuro de uma visão.

Uma, a primeira, pertence a Lula da Silva e outra a um secretário de Estado do Governo português.

Por outras palavras, uma pertence a um país que tem futuro e a outra um que soçobra no complexo primário e primata de um governo liderado por alguém que se caracteriza por possuir membros com cinco dedos, duas mãos preênseis, dentição completa e cérebro complexo.

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