sexta-feira, novembro 17, 2006

Manifesto em defesa da Caixa dos Jornalistas

A CPAFJ (Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas) faz parte do património dos jornalistas, não como um privilégio de classe, mas como um patamar de qualidade e de direitos que, não sendo o melhor que se poderia desejar, deveria constituir uma referência para todos os trabalhadores, pois a qualidade no apoio social e na saúde deve nivelar-se sempre por cima e nunca por baixo. Não é José Sócrates dono da verdade? Então é comer e calar...

Criada em 1943, a CPAFJ reconhece a especificidade e importância de uma actividade constitucionalmente consagrada como estruturante do Estado democrático e tem constituído, há décadas, um factor de coesão, estabilidade e estímulo para uma classe que desempenha um papel social insubstituível.

Não é José Sócrates dono da verdade? Então é comer e calar...

O facto de os jornalistas disporem de um subsistema de Saúde significa que o Estado tem em conta, há décadas, as especificidades da nossa profissão, designadamente jornadas intensas e prolongadas e informalidade de horários, com fortes impactos na saúde e na qualidade de vida destes profissionais, como demonstra a significativa prevalência de stress e de doenças do foro cardíaco, desgaste rápido e até morte precoce. Esta situação agravou-se nos últimos anos, com a crescente precariedade, um extraordinário aumento dos níveis de exigência, polivalência e de disponibilidade.

Não é José Sócrates dono da verdade? Então é comer e calar...

O subsistema de saúde dos jornalistas tem sido ciclicamente posto em causa, por alegado elitismo e por ser pretensamente gravoso para o orçamento da Saúde. Mas a verdade é que, não obstante os níveis de comparticipação nas suas despesas serem superiores aos concedidos à generalidade dos trabalhadores, não só se tem pago a si próprio como tem contribuído para o orçamento geral da Segurança Social.

Não é José Sócrates dono da verdade? Então é comer e calar...

A existência da CPAFJ volta agora a ser posta em causa, com o Governo a pretender eliminar uma instituição paradigmática que, tendo algumas dificuldades de funcionamento, está longe de esgotar as suas potencialidades e virtualidades, podendo e devendo adaptar-se às novas realidades de uma classe em permanente mutação e com novos problemas, fruto das profundas alterações registadas no sector da comunicação social.

Não é José Sócrates dono da verdade? Então é comer e calar...

1 comentário:

Anónimo disse...

E há dúvidas que é um dos donos? o outro não disse ontem que estava satisfeito? e não decidiu ele (Sócrates) acabar com um dos benefícios dos idosos e reformados de baixo rendimento que foi acabar com os descontos na PT?
Pois não haverá qualquer dúvida que ele é dono...
Kdd
EA