quarta-feira, junho 27, 2007

Dois candidatos à chefia da UNITA

No início eram 5, mas só dois vão disputar a liderança. De acordo com o coordenador da comissão de organização do conclave, Adalberto da Costa Júnior – e eu que pensava que quem liderava era Justino Pinto de Andrade, um neutro, – três dos candidatos foram rejeitados por não “reunirem os requisitos necessários para o efeito”.

Assim só Isaías Samakuva e Abel Chivukuvuko estão confirmados como candidatos à presidência da Unita.

Os outros além de não terem os documentos requeridos, razão mais que suficiente para serem preteridos, parecem não serem, e passo a citar “… militantes exemplares e terão deste modo adquirido uma condição interna fundamental para o alcance de tão relevante desiderato”, isto segundo Costa Júnior.

Será que quem andou a colocar rótulos de candidaturas, tem moral para questionar da militância de outros, nomeadamente, quando um dos preteridos já foi adversário de Samakuva no último pleito eleitoral interno?

Quem não sabe ser democrata e não reconhece o direito à diferença não deve estar em certos cargos ou, pelo menos, deve abster-se de proferir certas frase; é que insultam a memória de um mais velho...

Quanto aos candidatos – volto a reafirmar que não apoio ninguém, até porque não sou, já não sou, um militante exemplar, – só lhes peço que tentem elevar a Unita e procurar manter a estabilidade e coexistência política no Pais para que este possa, enfim, tornar-se numa Nação mais próspera, mais democrata, mais justa e não se continue a ver poucos, muito poucos, continuarem a ter milhões e milhões a terem cada vez menos.

Nota: artigo publicado em http://pululu.blogspot.com/

PS – Faço minhas as palavras do Eugénio Costa Almeida até porque, como ele, também não sou um militante exemplar. Apesar disso, reivindico o direito a ter memória e a continuar a citar Jonas Savimbi quando dizia que, tal como Angola, a UNITA não se define – sente-se.

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