segunda-feira, junho 25, 2007

«O Observador» aí está para honrar Moçambique

A partir de hoje Moçambique tem mais um jornal diário, denominado "O Observador". É o filho mais novo da Nação moçambicana que, também hoje, comemora mais um aniversário da sua independência. É com orgulho que o Notícias Lusófonas se associa a este evento que, cremos, marcará o Jornalismo do país. Orgulho porque o Director do Jornal é o nosso colega Jorge Eurico e, ainda, porque no primeiro número também escrevem os nossos colaboradores Eugénio Costa Almeida (“Ricos na pobreza, pobres na riqueza”) e Orlando Castro (“Em memória de Carlos Cardoso”).

A garantia de que de Moçambique fica a ganhar com este novo Jornal é, para nós, algo de já adquirido. Porquê? Porque de há muito que conhecemos a capacidade profissional do Jorge Eurico.

Jornalista 24 horas por dia, o Jorge Eurico vai dar um sério contributo para que a Imprensa moçambicana em particular, e lusófona em geral, some pontos e mostre que tem tudo para se impor.

O lançamento de “O Observador” coincide com os festejos do 32º aniversário da Independência, um evento marcado por comícios, homenagens aos heróis e realizações culturais mas, igualmente, pelo boicote da oposição e pela presença em peso da força do partido no poder, FRELIMO.

Na ausência de um programa do governo para assinalar a data mais importante do Estado moçambicano, o partido FRELIMO, no poder desde a proclamação da independência, decidiu fundir as festividades do 87º aniversário do nascimento do seu fundador, Eduardo Mondlane, a 20 de Junho de 1920, e da criação do movimento, a 25 de Junho de 1962, data mais tarde escolhida para a celebração da independência, a 25 de Junho de 1975.

"A nível do governo, não há nada agendado, o programa das comemorações da data da independência foi concebido pelo partido (FRELIMO)", disse o porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique e vice-ministro da Cultura, Luís Covane.

Segundo a referida agenda, o ponto mais alto do dia da independência será no bairro de Chamanculo, arredores de Maputo, onde o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, vai fazer um comício, depois de depositar uma coroa de flores no monumento aos heróis moçambicanos. Encontros populares, eventos culturais e cerimónias evocativas aos heróis moçambicanos serão também replicados nas capitais das 11 províncias moçambicanas, com os governadores provinciais à cabeça.

A RENAMO, o principal partido da oposição, já fez saber que não irá participar nas festividades, como protesto contra o que considera "partidarização" das comemorações alusivas ao aniversário da Independência Nacional.

"Com o 25 de Junho, ficámos todos independentes, mas o que se seguiu a isso é o que todo o mundo está a assistir, a partidarização pela FRELIMO de um acontecimento que é de todos os moçambicanos", disse Fernando Mazanga, porta-voz da RENAMO.

Para Mazanga, "seria incoerente se a RENAMO tomasse parte nas comemorações do 25 de Junho deste ano, pois o signo da partidarização mantém-se, como sempre acontece com todas as datas importantes do país".

A independência foi proclamada às 00:00 do dia 25 de Junho de 1975 pelo primeiro presidente de Moçambique, Samora Machel, falecido num desastre de aviação em 1986, e perante a presença de uma delegação portuguesa chefiada pelo então primeiro-ministro, Vasco Gonçalves, e que incluía Melo Antunes, Mário Soares, Álvaro Cunhal e Otelo Saraiva de Carvalho, entre outros.

Nota: Artigo, Manchete, publicado no Notícias Lusófonas

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