sexta-feira, agosto 24, 2007

Que belo é amar


Que belo é amar
quando se ama a dois,
triste é acabar
e sofrer o que vem depois.

Mesmo sem alarde
ele toca toda a gente,
é esse fogo que arde
e essa dor que não se sente.

Fecunda a loucura
no horizonte de um beijo,
toda a gente o procura
como único desejo.

É a fonte da vida,
da morte e do além.
Em sua guarida
somos sempre alguém.

Encontramo-lo no cemitério
onde o ódio jaz.
É sempre um belo mistério
que nos ama e dá paz.

Renasce no dia a dia
e é incólume ao mal.
Por renascer em cada poesia
é eterno, é imortal.


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