quinta-feira, outubro 25, 2007

Afinal a Europa sabe que Darfur existe...

O Parlamento Europeu atribuiu hoje em Estrasburgo o Prémio Sakharov de 2007 ao sudanês Salih Mahmoud Osman, advogado e activista pelos direitos humanos, pelo trabalho em favor das vítimas da guerra civil na região de Darfur.

Instituído em 1998, o Prémio Sakharov, atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu, visa premiar aqueles que se batem pela "liberdade de pensamento e lutam contra a opressão e injustiça".

Os outros dois finalistas para a edição deste ano eram Anna Politkovskaya (jornalista russa e activista dos direitos humanos conhecida pela oposição ao conflito na Chechénia, assassinada há um ano) e Zeng Jinyan e Hu Jia (defensores dos direitos humanos na China).

O eurodeputado democrata-cristão José Ribeiro e Castro, um dos proponentes da candidatura de Osman ao prémio, indicou hoje que anunciou ao activista a decisão da conferência de presidentes do PE, manifestando a "esperança de que este Prémio Sakharov 2007 ajudará à paz, à liberdade e ao desenvolvimento em Darfur e no Sudão".

O Prémio Sakharov 2007 será oficialmente entregue a 11 de Dezembro, na próxima sessão plenária em Estrasburgo, na véspera do 59º aniversário da assinatura da Declaração universal de Direitos Humanos da ONU.

A 12 de Dezembro será também solenemente proclamada em Estrasburgo a Carta de Direitos Fundamentais, pelos presidentes das três instituições da UE, José Sócrates (presidente em exercício do Conselho), José Manuel Durão Barroso (presidente da Comissão) e Hans-Gert Poettering (presidente do Parlamento Europeu).

A proclamação terá lugar na véspera de os chefes de Estado e de Governo dos 27 assinarem, no Mosteiro dos Jerónimos, o novo Tratado de Lisboa, que faz uma referência à proclamação da Carta, conferindo-lhe força jurídica.

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