quarta-feira, dezembro 19, 2007

Nino Vieira e cª não são solução para o problema
mas, isso sim, um grave problema para a solução

A Guiné-Bissau está à beira do "colapso", com o Estado incapaz de assegurar a soberania do território face ao narcotráfico e ao crime organizado, alertou hoje em Lisboa um alto responsável das Nações Unidas.

Ao que parece, a culpa é exclusivamente dos traficantes e não dos que, no país, têm – ou deviam ter – a responsabilidade de pôr o país em ordem. Quando será que a ONU (já não adianta falar na CPLP) entenderá que governantes ineptos (com Nino Vieira à cabeça) não são uma solução para o problema mas, antes, um problema para a solução?

António Maria Costa, director-executivo do Gabinete das Nações Unidas para o Combate às Drogas e Crime (UNODC), que falava na abertura da Conferência Internacional sobre o Narcotráfico na Guiné-Bissau, afirmou que, depois de muitos anos de incúria, o país lusófono tornou-se num "hub" (pólo) na rota das drogas entre os países produtores na América do Sul e os mercados da Europa Ocidental.

É verdade. E quem são os responsáveis? Quem são?

"A Guiné-Bissau foi esquecida durante muito tempo pela comunidade internacional, que só agora começou a dar atenção" aos problemas de criminalidade organizada que o país vive, afirmou António Maria Costa.

Pois. Foi esquecida a ponto de se permitir que um ditador voltasse a tomar conta do país. E, tenham paciência, responsáveis tanto são os que vão ao galinheiro como os que ficam ao portão. E a ONU (já não adianta falar na CPLP) ficou ao portão (tal como Portugal) a ver o galinheiro ser assaltado e vilipendiado.

"Hoje, a Guiné-Bissau "está literalmente cercada pelo crime organizado, não tenhamos ilusões", disse o responsável das UNODC, organismo que prestou assistência técnica à elaboração do Plano Operacional para o combate ao narcotráfico no país, recentemente apresentado.

A Guiné não só está cercada pelo crime organizado como tem no seu seio alguns dos mentores desse crime. É, portanto, uma espécie de país onde há crime organizado em todos os cantos e esquinas.

Enquanto a comunidade internacional (já não adianta falar na CPLP) não entender que a luta contra o crime organizado tem de começar por uma limpeza interna na Guiné-Bissau, não vale a pena pedir dinheiro aos pobres dos países ricos para dar aos ricos dos países pobres.

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma boa opinião.
Coragem, porque muitos profissionas estão com medo de exprimir. Serà que o governo, não eradicou o fenomeno devido a falta de meios financeiro ou porque são cumplices do sistèma, para poderem garantir os cargos ocupados.