sexta-feira, dezembro 07, 2007

Racismo britânico mostra as suas garras

A ex-ministra britânica Clare Short criticou hoje que a escolha de Valerie Amos para representar o Reino Unido na Cimeira UE/África de Lisboa tenha sido determinada pela cor da sua pele (negra). "Pessoalmente, não considero certo enviar Valerie Amos (ex-governante) só porque é negra", afirmou a ex-ministra para o Desenvolvimento Internacional, em declarações à rádio 4 da BBC.

"Não vejo nenhuma razão para enviar uma espécie de pseudo ministro e penso que não está certo enviá-la só porque é negra. Não vejo outra razão para a enviar", acrescentou. A opinião de Clare Short, uma figura polémica no Partido Trabalhista, que se demitiu em 2003 do governo de Tony Blair por discordar da intervenção no Iraque, já foi rejeitada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Miliband.

"Penso que é um pouco insultuoso para a baronesa Amos", reagiu Miliband, lembrando que Amos foi ministra para o Desenvolvimento Internacional (onde sucedeu a Short) e líder da Câmara dos Lordes.

Um pouco insultuoso? Robert Mugabe não diria melhor.

1 comentário:

ELCAlmeida disse...

Talvez tenha havido racismo nas palavras da ex-ministra. Mas pelo menos foi honesta e mostrou aquilo que os ingleses são e cada vez mais têm dificuldades em esconder. O problema com Mugabe não é devido aos direitos Humanos mas ao facto do déspota africano ter mostrado aos ingleses que se está nas tintas para eles e que eles não mandam nada no Zimbabué.
Por causa da estupidez inglesa e do seu ancestral racismo o povo zimbabueano sofre.
Bom, outros há que não são racistas mas primam pela subserviência e pelo medo do neo-colonialismo...
Kandandu
Eugénio Almeida