terça-feira, janeiro 22, 2008

Portugal tem os reformados mais pessimistas
- Muito gostam eles de atazanar José Sócrates


Portugal tem os reformados mais pessimistas da Europa e uma população activa que vai pelo mesmo caminho, ao considerar que terá pensões insuficientes para fazer face às suas necessidades, revela um barómetro hoje divulgado. Muito gostam os portugueses de atazanar o excelso primeiro-ministro José Sócrates.

A perda de rendimentos com a reforma acentua-se no caso português, onde tanto reformados como activos esperam más condições financeiras e onde a qualidade de vida dos reformados está abaixo da média na Europa Ocidental.

Qualidade de vida dos reformados abaixo da média na Europa Ocidental? Pode lá ser? Bom. Mas mesmo que seja, sempre está uns pontitos acima do que se passa no Burkina Faso, não é sr. primeiro-ministro?

Dois terços dos portugueses inquiridos consideram que o valor da reforma que têm ou pensam vir a ter é ou será "insuficiente para suprir as necessidades - uma proporção que aumenta entre as mulheres e as classes sociais mais baixas".

De facto, e nisso Sócrates tem razão, os portugueses são uns mal agradecidos. Pelo menos não lhes é dito (utilizando a frase do ministro angolano da Defesa, Kundy Paihama) que comam farelo “porque os porcos também comem e não morrem”. Não lhes é dito por enquanto, é claro.

A seguir à Hungria e à República Checa, Portugal é o país europeu onde as pensões são mais baixas e seriam precisos em média mais 110 euros por pessoa para fazer face às despesas domésticas básicas, uma realidade que mais uma vez tem maior incidência nas classes sociais mais baixas.

Não está mal. Se Portugal é baixo em quase tudo, está por baixo em quase tudo, até por uma questão de coerência deve continuar assim. Não é isso, sr. primeiro-ministro?

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