quarta-feira, abril 30, 2008

Queda da liberdade de imprensa em Portugal
- Garante (sem ouvir o PS) a Freedom House

Em 2007, o ambiente para os jornalistas agravou-se no mundo inteiro, revelaram investigadores da organização Freedom House, segundo os quais a melhor situação é a da Europa Ocidental, apesar de declínios em Portugal, Malta e Turquia.
De Portugal? Será que ouviram os dois maiores especialistas portugueses na matéria, Augusto Santos Silva e José Sócrates?

No que diz respeito a Portugal, o relatório critica a entrada em vigor do novo Estatuto do Jornalista, que dá aos empregadores o direito de reutilização de um trabalho nos 30 dias seguintes à publicação inicial, sem proceder a pagamentos-extra.

De acordo com a mesma entidade, "registaram-se diversos esmagamentos da liberdade de imprensa nos últimos anos", sendo de assinalar a delicada situação do Iraque.

"Uma das razões apresentadas para a invasão do Iraque foi a instauração da democracia mas a democracia que se estabeleceu é altamente problemática", sublinhou a associação.

Apesar de tudo, este não é um dos piores países para o exercício do jornalismo.

A tabela é liderada pela Coreia do Norte, seguida de Mianmar (antiga Birmânia), contando-se também entre os mais mal cotados Cuba, Líbia, Turquemenistão, Uzbequistão, Bielorússsia, Zimbabué e Guiné Equatorial.

Desde que os órgãos de comunicação passaram a desempenhar um papel-chave na cobertura de golpes políticos e de eleições controversas em países como Paquistão, Bangladesh ou Geórgia, os jornalistas tornaram-se alvos prioritários das opressões dos governos.

O documento refere ainda o agravamento das leis sobre difamação e calúnia, sobretudo em países africanos, enquanto no que respeita à violência para com jornalistas são apontados o México, a Rússia e as Filipinas.

"Por cada passo em frente na liberdade de imprensa em 2007 foram dados dois passos atrás", considera Jennifer Windsor, directora-executiva da Freedom House, num texto que acompanha o relatório.

Para a responsável, "o retrocesso na liberdade de imprensa é indicador de que se vão seguir restrições a outras liberdades".

Dos 195 países e territórios analisados, 72 são considerados livres, 59 parcialmente livres e 64 não livres.

Já agora, vejam também:


Sem comentários: