domingo, junho 15, 2008

Federação das Associações
Cívicas do Espaço Lusófono

Um cidadão moçambicano foi morto por uma multidão que o queimou vivo num bairro de Pretória, um mês depois da vaga de violência xenófoba que fez 62 mortos, informou fonte policial. Nem de propósito. Registo aqui e agora o comunicado da FACEL- Federação das Associações Cívicas do Espaço Lusófono.

«Os trágicos acontecimentos que decorrem vivamente nalgumas cidades da África do Sul ensombram o Continente Negro de opróbrio e melancolia e os efeitos catastróficos abismam o mundo civilizado.

A barbárie campeia com realce a consequências desastrosas que fazem lembrar as recentes convulsões do Quénia onde, pelo poder as tribos se digladiaram.

Quando seguíamos a onda dos crimes do apartheid em prejuízo das liberdades dos filhos da terra julgávamos ter atingido a maior escala de horror praticada pelos “afrikandhers” contra a maioria esmagadora da população sul - africana.

Nesse período doloroso deram seu sacrifício e cobertura a causa, vários povos amantes da verdade destacando-se na participação activa dos destinos daquele país denominadamente Angola e Moçambique, para que a colonização anglo - holandesa entregasse o poder legítimo aos filhos conscientes dos seus direitos.

Os povos e processo de migração são atormentados pelo ódio e inveja toldada de racismo movido em forma de xenofobia que os poderes constituídos não foram capazes de estancar a marcha diabólica do crime, pese embora as distinções mais altas que engrandeceram o país através dos prémios nobel conferidos ao Dr. Nelson Mandela, Bispo Desmond Tutu e Dr. Frederike Dklerke.

Ficam assim, comprometidos os destinos das Nações cujas consequências desastrosas afectam a segurança entre os países organizados e o volume de transacções migratórias indispensáveis às relações humanas podemos considerar de luto coberto de vergonha espalhado pelo mundo das liberdades e direitos universais do homem.

A xenofobia sangrou profundamente a África, aflorando a ingratidão dos sul-africanos ao desencadearem a ira desenfreada sobre quem fortaleceu as lutas de libertação como os Estados de Angola, Moçambique, Nigéria e Congos que alimentaram a chama da esperança no período conturbado que culminou na independência da África do Sul.

Defraudados os preceitos da dignidade humana perante a hecatombe, que imunda os corredores da honra e dignidade perante a fragilidade dos processos de contenção adoptados, sobra a coragem de apelar as Nações humanitárias destacadamente os países da União Africana
defensores dos direitos universais do homem que acudam o terramoto que abala as estruturas da dignidade africana.

Por isso, torna – se urgente clamar ao mundo civilizado o apoio na contenção dos crimes que o Governo legal do Presidente Thabo Mbeki não consegue senão paliativos por tomadas firmes de medidas que fomentam o crime organizado por um punhado de energúmenos, que sujam a honra de África.

Nesta conformidade, a FACEL- Federação das Associações Cívicas do Espaço Lusófono solicita ainda a Intercedência imediata dos Chefes dos Estados da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa no sentido de apoiar urgentemente o governo sul-africano por forma a debelar os actos criminosos restaurando as relações com os Estados que porventura possuam emigrantes em busca de tranquilidade e trabalho compensatório, que a onda xenófoba revida com actos criminosos.

Apelamos ainda, a pronta intervenção do Coronel Mohammar Kadafi – Presidente da União Africana do Presidente da Comissão da SADC e, particularmente, os nobel Dr. Ban Ki-moon, Bispo Desmond Tutu, Dr Frederik Dklerke, Dr. Koffi Anan para uma intervenção conjunta e imediata no sentido da pacificação das turbulências já referidas cujas consequências gravosas vão atingir a África Austral na circulação de pessoas e bens, emigração pacifica com medidas preventivas para que não caía em malogro politico económico e ofuscará a realização do próximo mundial de futebol em 2010, com prejuízos materiais de custos elevados.

As labaredas dos crimes envolvem os amantes da PAZ e, certamente, atingirão a memória dos nacionalistas combatentes como Luthula e Ramafosa.

Caberá aos amantes verdadeiros das liberdades o apoio ao governo de Thabo Mbeki na procura de soluções imediatas que reponham a tranquilidade atingida e ajudem a devolver uma imagem de Africa de PAZ.»

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