quinta-feira, julho 31, 2008

“Não têm obrigação de escrever
tão bem quanto eu escrevo, mas…”

Portugal, a começar pelo Governo (o exemplo, creio, deve sempre partir de cima), deve apostar tudo (mesmo que seja pouco o que ainda tem) no primado da competência. Onde é que eu estava, ou estou, com a cabeça para escrever coisas destas.

Continuando no reino da utopia, o exemplo deveria mesmo começar por cima, ou seja, por quem manda. E isso, convenhamos, nunca acontecerá. Aí, desde sempre, funciona a subserviência e não a competência. Aí funcionam as ideias de Poder e não o poder das ideias. Nada de novo, portanto. Mas, é claro, sempre a bem do tacho.

Os donos do poder (mesmo que seja um poder muito residual) continuam a confundir os próprios espelhos que têm lá em casa. Os incompetentes proliferam por todos os lados. Mesmo que descobertos nas mais vis latrinas das cunhas ou das filiações partidárias, são guindados para o topo das hierarquias de modo a que, com toda a lata, mandem os outros contar até 12 porque para o fazerem teriam de se descalçar.

É assim em quase toda a nossa sociedade. Sobra a gentalha capaz de tudo para cumprir o que o chefe manda, capaz de tudo para manter o tachito. E é desses que (quase todos) os patrões (também eles "competente$") gostam. Esses até são capazes de dar o ... e dois tostões para que não lhes tirem o nome da hierarquia da empresa.

Mas, convenhamos, não é com esses que Portugal sai da cepa torta. Falta é saber se o país quer dela sair. Se não quer, então está no caminho certo e deve acrescentar, logo à cabeça, que só terão lugar no mundo do trabalho todos aqueles que comprovadamente não tenham coluna vertebral.

Quanto ao resto, como me disse hoje um desses exemplares, “não têm obrigação de escrever tão bem quanto eu escrevo, mas…”

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