quarta-feira, julho 09, 2008

"É uma vergonha o tráfico de droga"
na Guiné-Bissau, afirma Luís Cabral

O ex-presidente da Guiné-Bissau, Luís de Almeida Cabral, considerou hoje em Paris que a existência de tráfico de droga no seu país natal constitui uma "vergonha", apelando às autoridades de Bissau para combaterem o fenómeno.

"É uma situação muito má. Desejo que as autoridades e o povo guineenses possam combater esta vergonha que não traz nada de bom", disse, citado pela agência Panapress, o primeiro Presidente da Guiné-Bissau (1974/80).

Luís Cabral, que reside em Lisboa desde 1981, deslocou-se a Paris para assistir à inauguração de uma avenida baptizada com o nome do seu irmão, Amílcar Cabral, herói da luta da independência da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.

A Guiné-Bissau é apontada pela ONU como uma "placa giratória" do tráfico de droga proveniente da América Latina para a Europa. Sem meios, equipamento e estabelecimentos prisionais, as autoridades guineenses têm apelado à comunidade internacional para ajudar no combate ao narcotráfico.

Em Novembro passado, o relatório dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF) "Guiné-Bissau - Cocaína e Golpe de Estado, fantasmas de uma nação amordaçada" denunciava a cumplicidade de certos ministros e militares com os narcotraficantes colombianos.

Dias depois da divulgação do documento, os RSF alertavam que os jornalistas da Guiné-Bissau que se aproximavam demasiado dos traficantes de droga e dos seus cúmplices eram perseguidos por militares guineenses.

Com contornos duvidosos e muita contra-informação, a questão do narcotráfico dominou o ano de 2007 na Guiné-Bissau, mas sem ter havido um único julgamento de um traficante, apesar de várias detenções e apreensões de droga.

Várias organizações internacionais, nomeadamente as Nações Unidas, denunciaram o envolvimento de autoridades guineenses no tráfico de droga, mas nunca nada foi provado pela Comissão Interministerial, criada pelo actual Governo, que apenas apresentou ao Ministério Público uma queixa pelo desaparecimento de mais de 600 quilos de cocaína, apreendidos em Setembro de 2006.

1 comentário:

Anónimo disse...

Acredito que,o sucessor de Guiné Bissau, chama-se Luanda!Todos fracassados da Guiné e outros paises vizinhos,agora estão em Luanda,so pra pensares que nunca na historia de um país no mundo que está em crescimento de económia, admite-se existencia de empresarios sem capitais para investimentos e ainda na sua maioria todos na média dos 45 a 80 anos,monta uma cantina improvisada,e em menos de dois meses ja compra um bruto Jeep!É facil demais ter lúcros em Angola?Não.É o pó que passa pelas barbas do a quem de direito com umas gasosas bem doces a mucua.