quinta-feira, agosto 28, 2008

MPLA distribui dinheiro, cerveja e uisque

O MPLA está a mostrar como é fácil gastar o que é dos outros, no caso o que é dos angolanos. Dinheiro não é problema. Por isso pagam para que os angolanos andem com as suas camisolas, distribuem cerveja e uisque e dão dinheiro como quem dá uma palavra. Os observadores eleitorais propriamente ditos dizem que nunca viram tal coisa. Dizem. Mas nada fazem.

É o MPLA real. O resto pouco interessa. Alguém está interessado em que mais de 68% da população angolana viva em pobreza extrema, em que a taxa estimada de analfabetismo seje de 58%?

Entre 1997 a 2001, Angola consagrou à educação uma média de 4,7% do seu orçamento, enquanto a média consagrada pela SADC foi de 16,7%. Mas será que a barriga vazia ajuda a pensar nestas verdades?

É verdade que a economia está a crescer, mas está a crescer mal, quer na estrutura da produção interna, quer na distribuição da riqueza nacional: 76% da população vive em 27% do território. Mas será que a barriga vazia ajuda a pensar nestas verdades?

Mais de 80% do Produto Interno Bruto é produzido por estrangeiros. Mais de 90% da riqueza nacional privada foi subtraída do erário público e está concentrada em menos de 0,5% de uma população de cerca de 18 milhões de angolanos. Mas será que a barriga vazia ajuda a pensar nestas verdades?

A injustiça social e a exclusão afectam quase todos os angolanos. O MPLA fundamenta a sua estratégia para enclausurar a liberdade de escolha dos angolanos em cinco pontos:

- Dependência sócio-económica a favores, privilégios e bens, ou seja, o ‘cabritismo,” – este método é utilizado para amordaçar os dirigentes, quadros, deputados, governantes e militantes do Partido da situação e não só.

- A coação e ameaças são utilizadas para silenciar os jornalistas, sobretudo em Angola mas também noutros países. Os angolanos querem e merecem a mudança.

- A violência física e a intolerância política são as formas preferidas para intimidar os militantes e simpatizantes da UNITA e não só. Os angolanos querem e merecem a mudança.

- A coação e a instrumentalização são utilizadas contra as autoridades tradicionais e algumas entidades religiosas. Os angolanos querem e merecem a mudança.

- A corrupção política e económica é, hoje como ontem, utilizada contra todos.

Mas será que a barriga vazia ajuda a pensar nestas verdades?

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