domingo, agosto 17, 2008

... a propósito dos brasileiros em Angola

«Em Luanda, as empresas brasileiras praticam o subimperialismo americano. O Brasil é uma colónia dos EUA. Muitos… mas mesmo muitos brasileiros chegaram, chegam a Luanda, como sardinhas enlatadas.

Na Movicel, empresa de telecomunicações onde detêm as garras no marketing, mandam vir os seus irmãos e irmãs, como técnicos altamente especializados. Os luandenses ensinam-nos a trabalhar, pois os pobres chegam aqui analfabetos. No Brasil parece não existirem universidades, ou então as existentes não funcionam. Ganham milhares de dólares, com direito a milhares de mordomias. E os luandenses míseros dólares. Há que manter o legado colonial.

Brasileiros e brasileiras infestaram um hotel, é só deles e delas. Elas fumam bwe, parecem vulcões em permanente actividade. De vez em quando dão festa no terraço. Como bons analfabetos sociais imprimem desalmado som musical que permite aos colonizados luandenses não dormirem. Eles e elas não sabem, fingem não saberem, que em Luanda poluição sonora é crime. Estrangeiros que não respeitam as leis do país de acolhimento tem direito à expulsão. Mas como isto é deles e de alguns amigos luandenses…

O espanto nisto tudo é que eles e elas “brasileirada” são todos… brancos e brancas. Cadê os negros? As negras? Fugiram para o quilombo do Zumbi dos Palmares? Foram deportados para um campo de concentração nazi? Esconderam-nos na floresta do Amazonas? Exterminaram-nos? Estão proscritos? Enfeitam algum jardim zoológico? Deitaram-nos ao mar?

Porque não tem a coragem de afirmar publicamente que negro brasileiro não existe no Brasil!»

Gil Gonçalves em http://patriciaguinevere.blogspot.com/

1 comentário:

Anónimo disse...

Definitivamente o Sr. não conhece a realidade Luso-Brasileira... A população negra do Brasil corresponde a 40% da população total. Ademais, são eles extremamente representativos, defendendo os interesses da população negra (apesar de que EU considero uma hipocrisia estabelecer diferenças entre uma população IRMÃ, oriunda de um mesmo País). Não pretendo me delongar e, portanto, deixo por fim apenas uma ressalva em vosso comentário: "Procure ser mais imparcial, pois simplesmente denegrir a imagem do brasileiro em outro país é muito fácil. O brasileiro luta desde criança para ter uma oportunidade. Por favor, não denigra isto. Aphonsus