quinta-feira, setembro 25, 2008

A cobardia e a traição de Chingunji

Eduardo Jonatão Chingunji multiplica-se em declarações contra a UNITA depois de, na véspera das eleições, ter apunhalado pelas costas o partido que lhe deu o cargo que ainda mantém, ministro da Hotelaria e Turismo. É um investimento, legítimo embora imoral, para ver se o MPLA não se esquece dele.

Chingunji embora saiba o que diz, não diz (tudo) o que sabe. Terá, com certeza, as suas razões. Duas questões são contudo, para mim, reveladoras da falta de carácter de alguém que para mostrar a sua importância se sente obrigado a puxar à colação o prestígio de familiares.

É fácil e pelos vistos pode dar milhões ter coragem para atacar quem errou, sobretudo quando se fala de alguém que não se pode defender porque já morreu.

Ter beneficiado do que a UNITA é, ou pelo menos foi. Ter sido alimentado, algumas vezes muito bem, pelo movimento que Jonas Savimbi chefiou, e vir agora, depois de apunhalar pelas costas a UNITA, dizer nos jornais o que poderia ter dito antes de o Mais Velho morrer, é revelador.

Que Savimbi cometeu muitos erros, alguns dos quais graves, é um dado adquirido que, numa base histórica, deve ser avaliado, analisado, dissecado. Mas, note-se, qualquer análise deste tipo não se compadece com testemunhos de vingança que, no caso de Chingunji, visam apenas justificar a sua traição e cobardia.

Nota: Imagem da autoria do Club-K

1 comentário:

Anónimo disse...

Não compreendo, você também faz sempre declarações contra a UNITA, rasga cartão de membro, acusa o partido de falta de democracia interna... afinal você não é também traidor? Ou é aquela coisa de olhar para o que os outros fazem mas não para o que você faz?