quinta-feira, setembro 18, 2008

Cuba elogia transparência das eleições

Ao elogiar a transparência e honestidade das eleições em Angola, bem como o papel de comunicação social (do estado, está bom de ver), Cuba prestou o melhor dos serviços à verdade. Só não vê quem for ceguinho. E são muitos.

Pedro Ross Leal, embaixador cubano em Angola, em declarações à agência angolana de notícias, Angop (a quem mais poderia ser?), apontou como merecedor de elogio o comportamento da comunicação social (não especificou qual delas, mas é fácil de entender) pela sua “eficiência” e oportunidade dada aos partidos políticos para expressarem os seus “propósitos de governação”.

Relevando como “facto inédito” em África, num país que viveu “longos anos de guerra”, a realização de eleições num clima “de paz, tranquilidade e honestidade”, Ross Leal disse que considera que o escrutínio foi “transparente e honesto” pelo “comportamento cívico dos cidadãos e dos partidos políticos”.

E se Cuba o diz, quem se atreverá a dizer o contrário?

O diplomata cubano defendeu ainda que a vitória esmagadora do MPLA, com mais de 81 por cento dos votos, nas segundas eleições realizadas em 33 anos de independência (de quê?) e 16 anos depois das primeiras em 1992, representa uma “mais valia na cooperação entre os dois países, rumo ao desenvolvimento de ambos”.

Pedro Ross Leal lembrou que o MPLA sempre foi um parceiro do governo cubano (bem lembrado!), desde a luta de libertação nacional, quando “o comandante” Che Guevara encontrou Agostinho Neto, o primeiro Presidente da República de Angola, no Congo-Brazaville.

“Foi a partir desta data que se deu início à cooperação bilateral, permitindo assim a mútua ajuda para o desenvolvimento dos nossos povos, bem como para a libertação de Angola das forças coloniais”, apontou o diplomata.

Ross Leal disse ainda que a cooperação entre Angola e Cuba deverá agora crescer, sublinhando o número significativo de médicos e professores que Havana já tem no país africano. Tem desde 1975, acrescente-se.

“Já temos médicos e professores cubanos espalhados pelas 18 províncias do país. Com a construção de mais infra-estruturas pelo Governo angolano, haverá igualmente maior contributo da nossa parte, visto que estamos dispostos a lutar juntos para o futuro de Angola”, sublinhou. E quando toca a lutar num país rico os cubanos não se fazem rogados.

Hoje, como ontem e como amanhã, ainda há muitas contas que o MPLA não pagou. Por isso, eles vieram para Angola para ficar.

1 comentário:

IN VERITAS disse...

Está na Hora do MPLA começar apagar o que deve....