sexta-feira, setembro 19, 2008

Ideias de poder solidificam-se em Angola
e alargam-se às ocidentais praias lusitanas

É cada vez mais corrente e popular a ideia de que os jornalistas têm, ou querem ter, o poder absoluto de informar.
Nada mais falso. Para começar, só têm o poder que o poder económico e empresarial lhes aceita dar.
Depois, informar não é uma das prioridades.
Este é um texto de mera divagação numa altura em que, em Angola, Eduardo dos Santos começou a calar jornalistas e prepara mais investimentos nos media portugueses.

A coisa está brava? Não, não está. Estaria se falássemos de Jornais. Resta, contudo, a certeza de que é mais a parra do que a uva. Desde logo porque, ao contrário do que seria de esperar, os «macacos» não estão nos galhos certos. E quando assim acontece (e acontece muitas vezes), tanto jornalistas como todos os outros detentores procuram apenas sobrevalorizar as ideias de poder em detrimento do poder das ideias.

(Este é um texto de mera divagação numa altura em que, em Angola, Eduardo dos Santos começou a calar jornalistas e prepara mais investimentos nos media portugueses)

A convivência entre os diferentes poderes não tem sido fácil. O Estado de Direito... democrático ainda é uma criança em Portugal e em Angola ainda não nasceu e, como tal, há muitos vícios, deformações e preconceitos herdados ou estimulados que a muitos dá jeito conservar. É claro que o «quero, posso e mando» que hoje está instituído por essas Redacções fora, não serve nenhuma das partes. Não serve mas é praticado, não serve mas é estimulado. Não serve mas vai servindo.

(Este é um texto de mera divagação numa altura em que, em Angola, Eduardo dos Santos começou a calar jornalistas e prepara mais investimentos nos media portugueses)

Mas esta discussão, que alimento como forma de salubridade mental, é uma forma de tapar o sol com uma peneira. Tenho a exacta noção que os Jornalistas são comidos à grande e à francesa com a conivência activa de muitos que tendo a Carteira Profissional de Jornalista, que trabalhando nas Redacções, não passam de néscios pagos pelos poderes ocultos das maiorias… democráticas.

O jornalismo que vamos tendo, qual reles bordel, aceita tudo e todos. É um pouco semelhante à política. Assim sendo, Portugal e Angola podem honrar-se de ser um bom exemplo de como, numa economia de mercado, basta ter dinheiro para comprar tudo. Tudo.

(Este é um texto de mera divagação numa altura em que, em Angola, Eduardo dos Santos começou a calar jornalistas e prepara mais investimentos nos media portugueses)

E, de facto, aos jornalistas falta-lhe cada vez mais autoridade moral para contestar o que quer que seja. Se todos têm um preço, se a oferta é muito maior do que a procura, é evidente que a cotação dos jornalistas está em saldo. Sendo este um texto de mera divagação numa altura em que, em Angola, Eduardo dos Santos começou a calar jornalistas e prepara mais investimentos nos media portugueses, bem poderíamos aumentar a nossa cotação, até porque dólares é coisa que não falta a Eduardo dos Santos e ao MPLA.

Além disso, ou talvez não, poderia ser uma forma de ajudar o amigo José Sócrates (amigo de Eduardo dos Santos, entenda-se) a pôr as contas públicas mais de acordo com a fome socialista.

1 comentário:

IN VERITAS disse...

UM JORNALISTA hoje não pode deixar de pensar que do dia para a noite pode deixar de poder falar até pela tão propalada censura económica...Mas o que um jornalista não pode deixar depensar é que deve ser sempre um panfletário...I a noticia tem que chegar ao seu destinatário sempre...não importa o meio de comunicação que pode até ser uma pedra escrita, ou com uma mensagem atada num cordel...