sábado, novembro 15, 2008

Governo português continua
a esquecer os ex-combatentes

A Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA) de Portugal reiterou hoje "a grande dívida" do Governo (que outra coisa seria de esperar?) para com os ex-combatentes e apelou para que as suas reivindicações sejam contempladas no Orçamento de Estado para o próximo ano. O melhor é esperar sentado.

"Há aqui uma grande falha, uma grande dívida por parte do Governo e estamos à espera que questões como a saúde ["Apoio à Doença dos Deficientes das Forças Armadas”] e a indexação [“Regime Excepcional de Indexação das Prestações Sociais dos Deficientes das Forças Armadas”], que são as nossas prioridades, sejam tidas em conta neste OE", declarou José Arruda, presidente da ADFA.

Falando à margem da cerimónia das comemorações da Liga dos Combatentes dos 200 anos da Torre Espada, 90 anos do Armistício, 85 anos da Liga, José Arruda explicou que em causa está a existência de um regime excepcional de indexação das prestações sociais de que são beneficiários os DFA, designadamente, o abono suplementar de invalidez e a prestação suplementar de invalidez, que os ex-combatentes desejam ver indexados à retribuição mínima mensal garantida.

"Queremos que os subsídios sejam calculados de acordo com o salário mínimo nacional", referiu.

A presidir a cerimónia estava o ministro da Defesa Nacional, Severiano Teixeira, que recusou falar à comunicação social. Claro. É uma forma simplex de tratar dos assuntos.

O titular da pasta da Defesa Nacional fez-se acompanhar por várias entidades militares e civis, entre as quais o Nobel da Paz D. Ximenes Belo e o presidente da Liga dos Combatentes, o Tenente General Joaquim Chito Rodrigues que, na sua alocução, lançou um apelo a Severiano Teixeira para que "enquadre nos quadros de apoio social do Governo os militares a quem a vida não sorriu".

1 comentário:

Pagamico disse...

A estratégia (do actual governo assim como de governos anteriores e quiçá de governos futuros) é adiar,adiar e voltar a adiar a resolução dos problemas dos ex-combatentes, até que estes acabem por morrer. Até mesmo entre os DFA existe um enorme fosso no que diz respeito a deficientes considerados em serviço e deficientes considerados em campanha.
Um abraço