sábado, novembro 15, 2008

No obedecer é que está o futuro

O antigo Presidente da República portuguesa, general Ramalho Eanes, defendeu, em Santarém, que apenas o investimento em Educação "permite ao Poder corrigir atrasos, chegar a tempo, ao encontro com o futuro". Mas será que o Governo pensa assim?

"Há que, obviamente, investir em Educação, fazer com que os subsistemas voltem a funcionalizar-se de maneira correcta. É necessário que a Educação melhore", disse Ramalho Eanes, sublinhando a importância da afirmação de "uma classe média empreendedora". Mas será que o Governo pensa assim?

No encerramento do ciclo de conferências "As raízes falam, falam as raízes", organizado pela Comissão Concelhia de Santarém do PS, abordando "o papel da sociedade civil na construção da unidade europeia e na recuperação do País num quadro promissor e ameaçador da mundialização", Ramalho Eanes defendeu a "indispensável" comunhão entre "Educação, informação e ética". Mas será que o Governo pensa assim?

"Para que a sociedade não seja uma sociedade que não grita e exige com racionalidade, oportunidade e responsabilidade social", explicou o general, após a comunicação, quando aconselhou o "exemplo espanhol" que, "dentro de dois anos, poderá ter o mesmo rendimento 'per capita' da Alemanha".

Citando números do Deutsche Bank, o antigo Presidente da República afirmou que "a Educação foi o factor que mais prosperidade trouxe à Espanha, com mais investimento no ensino secundário e universitário", detalhando que "37 por cento dos espanhóis, entre os 25 e os 34 anos já possuem cursos superiores, comparativamente aos 20 por cento da Alemanha". Mas será que o Governo pensa assim?

"Portugal não pode mais adiar o futuro", sublinhou Eanes, defendendo a "educação generalizada, cuidada e rigorosa definição estratégica e políticas oportunas e realistas, empenhamento determinado e competente de todos os sectores - Estado, mercado e sociedade civil", salientou.

Mas será que o Governo pensa assim? Não, não pensa. Para o actual governo das ocidentais praias lusitanas a norte, mas cada vez mais a sul, de Marrocos a regra de ouro é apenas uma: “Obedece e terás sucesso”,

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