quarta-feira, novembro 12, 2008

Para disfarçar, África está presente no G-20

A África do Sul, único país africano na cimeira do G-20, de 15 de Novembro, comprometeu-se a fazer ouvir África naquele encontro, mas defendeu que o continente tem que estar melhor representado. Pois.

Como é que África, que não se entende ele própria e teima em seguir os (maus) conselhos dos outros, que do continente só querem as riquezas em troca da venda de armas, pode estar melhor representada?

“É uma enorme responsabilidade mas não temos o direito de nos arrogarmos que representamos toda a África. Estamos a pedir para estarmos melhor representados”, disse hoje em Tunis o ministro das Finanças sul-africano, Trevor Manuel, numa conferência de imprensa.

Trevor Manuel, que participou na capital tunisina numa cimeira de ministros das Finanças e governadores de bancos centrais africanos sobre os efeitos da crise financeira no continente, explicou a participação do seu país no G-20 com o seu forte e equilibrado sistema financeiro mas insistiu por diversas vezes na necessidade de aumentar a representação africana.

“Vamos ter que estar adequadamente representados, África vai ter que se fazer ouvir”, insistiu o responsável pela maior economia do continente, acrescentando: “o que temos que pedir ao G-20 é que não desperdice a oportunidade; temos que conseguir que África esteja melhor representada”.

“Podemos discordar mas nunca recorrer a meios violentos”, disse, dando como exemplo de tolerância “o respeito” mostrado pelo candidato derrotado norte-americano John McCain ao seu adversário, Barack Obama quando este foi eleito Presidente dos Estados Unidos.

Tolerância? Respeito? Em África? Sejamos realistas. Ditadores são sempre ditadores, mesmo quando eleitos. Enquanto África for um mega mercado para a venda de armamento e um mega produtor de matérias-primas que interessam aos de fora, dificilmente dará a volta ao problema.

Vejam-se, por exemplo, os índices relativos à saúde, ao emprego, à escolaridade, à fome, à habitação para se ver que África está inundada de africanos que dela se servem mas que se recusam a servi-la.

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