quinta-feira, abril 16, 2009

Chineses em Angola podem ser 100 mil

Quarenta mil chineses estão em Angola, ao abrigo dos acordos entre Governos dos dois países. Estes são os dados oficiais, tornados públicos pelo serviço de Migração e estrangeiros, mas fontes independentes estimam esta população à volta dos 100 mil.

A comunidade chinesa é a mais recente em Angola, mas num ápice tornou-se maioritária a residir no país.

O porta-voz nacional do serviço de migração e estrangeiros, Domingos Kakueji, esclarece que a presença chinesa em Angola avolumou-se com a quantidade de trabalhadores que acompanham as empresas chinesas que laboram em todo país.

Os acordos determinam que 70 por cento dos projectos de reconstrução devem ser dados a empresas chinesas, que preferem trazer os seus próprios trabalhadores. A China é hoje o principal financiador da reconstrução de Angola, com empréstimos e apoios massivos estimados em mais de 4 mil milhões de dólares norte-americanos.

Em troca a China garantiu uma generosa fatia do petróleo de Angola, hoje o principal produtor em África.

A contradição entre dados oficiais e independentes justifica-se pela quantidade de cidadãos chineses que se dedicam a actividades fora do âmbito dos acordos, nomeadamente no comércio formal e informal.

Os serviços de migração e estrangeiros, que a 19 de Abril completam 33 anos estão empenhados no combate à emigração clandestina.

A instalação de um sistema informatizado de controlo de entrada e saída em aeroportos e postos fronteiriços terrestres é uma das medidas, segundo Domingos Kakueji, chefe do departamento de comunicação e informática do SME.

Fonte: Jornal Apostolado

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