quarta-feira, maio 27, 2009

... e a culpa é, obviamente, dos outros

O secretário-geral do PS, José Sócrates, considerou hoje que os governos de coligação PSD/CDS-PP foram responsáveis por terem lançado um clima de "terror na educação", atrasando a colocação de professores e a abertura dos anos lectivos.

José Sócrates falava no comício do PS de Castelo Branco em resposta a críticas feitas pelo cabeça de lista social-democrata ao Parlamento Europeu, Paulo Rangel, que acusou o actual Governo de ter lançado o terror na educação.

"Depois das reformas que este Governo fez na educação, e sem um pingo de vergonha, a direita vem dizer que estas reformas representam o terror na educação", apontou.

A seguir, Sócrates devolveu a acusação: "eu sei bem o que é o terror na educação, recordo-me dele. Terror na educação deu-se quando houve um Governo há quatro anos atrás que não foi capaz de colocar os professores a tempo e horas e não foi sequer capaz de iniciar o ano lectivo".

Para o secretário-geral do PS, a principal consequência da política educativa dos anteriores governos PSD/CDS "foi o terror das famílias e, mais do que isso, o horror das famílias portuguesas perante um Governo incompetente".

Depois de o ministro Augusto Santos Silva ter dito que os professores "não conhecem a diferença entre Salazar e os democratas", não admira que Sócrates diga o que diz. É ele ao seu melhor estilo.

Sócrates está virado do avesso porque os professores ainda não perceberam quem é o dono do reino e, ao que parece, continuam erradamente a julgar que este Portugal é um Estado de Direito democrático.

Se fosse um Estado de Direito, Sócrates lembrar-se-ia dos 100 mil docentes que teve à porta do seu reino. Não se lembra porque segundo os técnicos dos areópagos socialistas do Largo do Rato, em Lisboa, terão estado nas ruas da capital talvez uns oito mil. Os outros que todo o mundo viu, podem dar aulas mas não são professores, diria com o habitual ar cândido e socretino a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.

(Todos sabemos que, a exemplo do seu capataz-mor, muitos desses técnicos ainda hoje não acabaram a contagem dos manifestantes porque, se para contarem até 12 têm de se descalçar, …)

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