terça-feira, junho 30, 2009

Liberdade de (in)formação? É proibido proibir. Onde? Onde? No Brasil, é claro!

O presidente do Brasil afirma que o país nunca viveu um ambiente de liberdade de informação tão grande. Além disso, acredita que com o acesso cada vez maior à Internet, a imprensa tradicional está a perder poder para os novos meios.

Em quantos outros países da Lusofonia, incluindo Portugal, um presidente pode falar de liberdade de informação como o faz Lula da Silva?

"Finalmente este país está a ter o gosto da liberdade de informação", disse Lula num discurso no Fórum Internacional Software Livre em Porto Alegre.

"Estamos a viver um momento revolucionário da humanidade em que a imprensa já não tem o poder que tinha há alguns anos. A informação já não é mais uma coisa selectiva em que os detentores da informação podiam dar golpe de Estado", afirmou Lula.

Lula e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) fizeram um balanço dos investimentos federais nas áreas de implantação de software livre e programas de inclusão digital em órgãos públicos e em programas para a sociedade.

O governo calcula uma economia de 370 milhões de reais com a implantação do software livre desde 2003, início do governo Lula.

Ao defender a liberalização do software, Lula disse: "Podem ficar certos que neste governo é proibido proibir. O que nós fazemos é discutir. Os empresários sabem que nós discutimos sem rancor e sem mágoa".

O presidente ouviu no fórum críticas ao projecto do senador Eduardo Azeredo, que trata de crimes electrónicos. Os críticos defendem que o governo vete o projecto por entender que ele fere a privacidade do usuários da Internet ao prever a sua identificação.

"Essa lei não visa corrigir abusos na Internet. Na verdade, quer fazer censura. Precisamos responsabilizar as pessoas, mas não proibir ou condenar", reagiu Lula, que disse ver interesse policialesco no projecto.

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