sábado, junho 20, 2009

MPLA aposta na organização de pioneiros
(Com Salazar era a Mocidade Portuguesa)

O governador do Huambo (Angola), Albino Malungo, disse hoje, nesta cidade, que a Organização de Pioneiros Agostinho Neto (OPA) deve ser parceiro e ajudar o governo local a desenvolver programas para o bem-estar das crianças.

Pioneiros? Exactamente. Tal e qual comos nos tempos da militância marxista-leninista do pós-independência (11 de Novembro de 1975). Uma organização similar à Mocidade Portuguesa dos tempos de um outro António. Não António Agostinho Neto mas António de Oliveira Salazar.

Albino Malungo falava na cerimónia de abertura do segundo seminário provincial de capacitação dos quadros da OPA, acrescentou que estes programas não devem ser só para os que militam na OPA mas para todos os petizes desta província.

Estes programas deveriam era ter acabado há muito. Num Estado de Direito, que Angola diz – pelo menos diz – querer ser, não faz sentido a existência de organismos de lavagem ao cérebro e de viciação dependente de quem está no poder desde 1975, o MPLA.

Segundo o Governador do Huambo, a Organização de Pioneiros de Agostinho Neto (OPA) deve trabalhar com o executivo da província na educação das crianças, para que tenham amor à pátria, aos estudos, à família, bem como na conservação da natureza e limpeza de locais públicos.

Tretas. Albino Malungo sabe que o único objectivo da OPA é o amor cego e canino ao MPLA, como se este partido fosse ainda o único, como se MPLA e pátria fossem sinónimos.

2 comentários:

Gil Gonçalves disse...

A JHA-Juventude Hitleriana de Angola ou Mocidade Portuguesa e a Legião Portuguesa, e as congéneres alemãs, a Hitlerjungend e as SA.

Nunca serão capazes de encontrar o Caminho. Um de certeza vão reencontrar… a Somália. Pouco falta para lá chegarem.

Calcinhas de Luanda disse...

Lá vamos, cantando e rindo, levados levados sim...

Como venho dizendo o Salazarismo continua bem presente no âmago das sociedades de Portugal e suas ex-colónias de África.

Os actuais governantes de Angola não diferem tanto assim das autoridades coloniais, e outra coisa não seria de esperar.

Tenho sempre na minha memória o estar em 25 de Abril de 1974 em Luanda a ler um jornal lisboeta de 24 de Abril de 1974, onde se fazia uma transcrição dos diálogos ocorridos no dia anterior na então Assembleia Nacional portuguesa. Dizia então o Deputado Casal Ribeiro, um dos reaças mais empedernidos daquela época, "o comunismo é o pior dos fascismos".
Tal e qual! Esta frase ecoa no meu cérebro há mais de 35 anos, e particularmente no caso de Angola e do regime do MPLA, mostrou-se profética.
É triste, mas mostra como os homens aprendem mais facilmente o que é mau do que aquilo que é bom.