sexta-feira, junho 19, 2009

Num país de tanga e da tanga

O ministro das Finanças de Portugal (se não fosse deste país só poderia ser do Burkina Faso) acusou o deputado do CDS-PP Nuno Melo de ter "uma fixação" com o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio.

Além disso, Teixeira dos Santos entre que Nuno Melo est+a numa cruzada contra aquele Banco, com o visado a afirmar que Teixeira dos Santos quer ser o próximo governador.

Não sei, como é óbvio, se o Nuno Melo está envolvido numa cruzada. Se calhar não está. Mas se acaso está, eu estou com ele.

No caso do BPN, Vítor Constâncio não me parece (enquanto governador do Banco de Portugal) sério nem precupado em parecê-lo. Por isso, comprovado o falhanço da supervisão, a demissão seria o único caminho digno.

Nuno Melo voltou a ser o protagonista de uma acesa troca de "galhardetes" na Comissão de Inquérito ao Caso BPN e Supervisão Inerente após a audição de Vítor Constâncio, desta vez com Teixeira dos Santos, com o deputado a acusar o ministro das Finanças de defender o governador do Banco de Portugal e de querer ser o sucessor deste no cargo.

Nuno Melo lá saberá se é verdade que Teixeira dos Santos quer ser o próximo governador. Uma coisa parece-me clara: o deputado do CDS-PP tem dado importantes tiros na mouche, mesmo quando quase todos dizem que ele vai falhar o alvo.

"Eu percebo a intenção daquele que quer ser o próximo governador do Banco de Portugal", afirmou o deputado do CDS-PP, acusando Vítor Constâncio de "recusar documentos à Comissão, não colaborar e insultar deputados".

Veremos quem tem a razão final, se é que isso será possível. Para já fica a convicção de que Vítor Constâncio, tal como o secretário-geral do partido a que pertence (o PS), tal como o primeiro-ministro do governo em que se apoia e que o apoia, José Sócrates, julga ser o dono da verdade.

E a todos os donos da verdade só resta uma saída: irem para o olho da rua.

Foto: António Cotrim/Lusa

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