sábado, junho 13, 2009

Pólvora de La Palice adptada pela ONU
ao drama que se vive na Guiné-Bissau!

O sub-secretário geral da ONU para os Assuntos Políticos, Lynn Pascoe, disse hoje em Bissau, durante uma visita de poucas horas ao país, que as Nações Unidas só querem o melhor para o povo do país.

Ainda bem que o diz. Assim, meio mundo pode continuar a ter pelo menos três boas refeições por dia e, é claro, os guineenses poderão continuar a ter também três (más) refeições... por semana.

“O que interessa é que a comunidade internacional só quer o melhor para o povo da Guiné-Bissau”, afirmou Lynn Pascoe, depois de um encontro de uma hora com o presidente interino guineense, Raimundo Pereira.

“A comunidade internacional ficou muito chocada com a violência registada em Março e recentemente”, disse Lynn Pascoe, explicando que se deslocou a Bissau para ver de perto a situação no país.

Para ver e, ao fim de poucas horas, zarpar para bem longe daquele barril de pólvora embora, é claro, levando consigo grandes preocupações...

A Guiné-Bissau, que vai realizar eleições presidenciais antecipadas no próximo dia 28, tem vivido nos últimos meses momentos de grande instabilidade mas, ao que parece, todos os problemas se resolverão quando os guineenses colocarem os votos (ainda por cima oferecidos por Portugal) nas respectivas urnas.

No início de Março, o Presidente “Nino” Vieira e o chefe das Forças Armadas general Tagmé Na Waié foram assassinados com poucas horas de diferença. Meses antes, a 23 de Novembro, o chefe de Estado “Nino” Vieira, eleito em 2005, já tinha sido alvo de uma tentativa de assassínio.

Sobre as próximas eleições presidenciais, o sub-secretário geral da ONU para os Assuntos Políticos disse que são muito “importantes” e garantiu que as Nações Unidas vão “trabalhar com a pessoa que for eleita”.

Claro que sim. A ONU trabalha sempre com quem for eleito se, entretanto, não levar um balázio na mona. Mas se levar, haverá sempre uma outra eleição e um outro eleito.

Questionado sobre a reunião da próxima semana do Conselho de Segurança da ONU para debater a situação da Guiné-Bissau, Lynn Pascoe disse que o Conselho de Segurança vai “ser muito claro e afirmar que a ONU está com o povo da Guiné-Bissau se este quiser trabalhar”.

1 comentário:

Eduardo disse...

parabens por este blog...
estarei sempre aqui pra ler...
abraços