segunda-feira, julho 13, 2009

O terrorismo internacional... em português

A Al-Qaida voltou à ribalta da Lusofonia, agora pela mão dos homens de Kumba Ialá que acusam o candidato do PAIGC às presidenciais na Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, de ter apoio da organização terrorista dirigida por Osama bin Laden.

Não é, contudo, a primeira e nem será a última vez que a Al-Qaida entre nas notícias através de países de língua portuguesa. A este propósito, deixem-me aqui reproduzir um trabalho publicado em 18 de Fevereiro de 2003 pelo Notícias Lusófonas e intitulado “Iraque e Al-Qaida recrutam mercenários em todo o lado”

«Uma investigação do Notícias Lusófonas, concentrada sobretudo em Luanda, permite concluir que organizações que trabalham com alguns países árabes, sobretudo com o Iraque, recrutaram operacionais para «fazer alguns serviços» no exterior, mormente na Europa.

Para além de angolanos, há também portugueses que foram contactados no sentido de «levar algumas encomendas para pontos estratégicos da Europa».

Ao que tudo indica, Saddam e Osama bin Laden vão adoptar uma nova estratégia de resposta a uma eventual guerra: espalhar atentados por tudo quanto é sítio.

Os contactos estão centrados em Luanda e visam recrutar alguns especialistas, tanto portugueses como angolanos, para «fazer alguns trabalhos na Europa, sobretudo ao nível da colocação de encomendas em pontos estratégicos», explicou ao NL um ex-militar de alta patente, agora vocacionado para a actividade «empresarial».

Tanto angolanos como portugueses têm grande facilidade de movimentação na Europa, para além de não levantarem suspeitas», referiu uma outra fonte, acrescentando que «os contactos são feitos pessoa a pessoa e apenas é pedido que, na altura indicada, façam chegar a determinados pontos as encomendas fornecidas pelos contratantes».

Contratante árabes? «Sim».

O recrutamento em Angola «está ser feito – segundo um ex-oficial português que lutou ao lado de um dos movimentos na guerra angolana – junto de altos quadros militares, tanto da UNITA como do MPLA, que agora foram desmobilizados e que a troco de muito, muito dinheiro, se prestam para esse serviço».

Quanto aos locais, explica este oficial, «ainda ninguém sabe quais são, como não se sabe o tipo de encomenda. Aguarda-se, aqui em Luanda ou em Lisboa, por instruções que na altura exacta serão fornecidas.»

E, já agora, aconselho também um outro artigo do NL («Desemprego e narcotráfico podem implodir África Ocidental») de que foram autores Victor Ângelo e Rui Flores (31 de Agosto de 2007).

Ver:
http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=1182&catogory=news

http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=18972&catogory=news

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