sexta-feira, setembro 04, 2009

Critérios editoriais a bem... dos mesmos

Hoje, mais do que ontem e menos do que amanhã, todos (até mesmo a mulher de César) falam do que se passa na TVI. E falando da TVI (as acções da Media Capital subiram esta semana 34,35%, liderando os ganhos na bolsa nacional) não se fala de outras coisas importantes, até mesmo no âmbito da comunicação social do reino lusitano.

Ou seja, ninguém analisa a forma como a RTP se comporta em tempo de eleições, escudada nessa coisa que dá para tudo (sobretudo para quem está no poder, ou próximo) e que se chama critérios editoriais.

A estação pública (?) decide quem tem direitos e quem os não tem; quem é filho e quem é enteado, quem merece e quem não merece tempos de antena, quem é português de primeira.

Em tempo de eleições, a RTP escolhe (ou segue o que lhe mandam escolher) quem são os partidos que podem ter presença nos seus programas. São critérios (supostamente editorais) que beneficiam sempre os mesmos.

Manuel Monteiro, por exemplo, diz que “a informação praticada pela RTP é, no que diz respeito a esta matéria, uma autêntica fantochada”. E tem toda a razão. Quem pode manda e quem não quiser comer e calar tem de zarpar do reino.

A liberdade de informação, seja lá o que isso for e é com certeza algo raro nos últimos quatro anos, só serve para dar aos pacatos portugueses mais do mesmo, ideias fabricadas nas máquinas de produção de linha branca.

“Se eu fosse um candidato pedófilo, corrupto, desonesto, com processos por favorecimento em negócios com dinheiro do Estado, tinha as portas da RTP abertas, como não sou querem silenciar-me”, acusa Manuel Monteiro.

Dou-lhe razão. Pedofilia, corrupção e desonestidade são de facto algumas das bandeiras do reino lusitano, aqui e ali alternando com desonestidade, corrupção e pedofilia.

Vem isto a (des)propósito de hoje, a RTP, através da RTP N, promover um debate com alguns cabeças de lista pelo distrito de Braga. Convidou – como não poderia deixar de ser - PS, PSD, CDS, PCP e BE.

E então quais são os critérios (editoriais) para esta escolha? Representação parlamentar? Talvez. Até mesmo do Bloco de Esquerda que não tem nenhum deputado eleito por Braga...

1 comentário:

Anónimo disse...

Ó que carago!
Eu gostava de perceber, porque ficam os outros partidos políticos de fora desta demanda e gostaria de saber se isso é inconstitucional! APRE!!!
Que forrobódó!