sexta-feira, setembro 11, 2009

PS? PSD? Venha o diabo e escolha!

O líder do CDS-PP recordou hoje a sua "luta titânica" para salvar empregos em Portugal, defendendo que foi a direita quem mais fez para combater a pobreza e acusando o BE de propor aumentos de pensões de zero euros. E, goste-se ou não, Paulo Portas tem razão.

Aliás, o programa eleitoral do CDS que fixa como prioridades a reabilitação da economia, o combate ao desemprego e a consolidação orçamental, defende também um reforço das pensões com verbas retiradas a beneficiários do Rendimento Mínimo que "vivem à custa do contribuinte".

Devolver a economia portuguesa ao crescimento, reabilitar a política fiscal, reforçar a segurança e a autoridade do Estado, assim como os apoios sociais e às pequenas e médias empresas, constituem os eixos prioritários do programa do CDS que inclui ainda um conjunto de propostas que passa pela defesa de um aumento das pensões mínimas e do apoio às instituições particulares de solidariedade social.

O programa eleitoral foi produzido por "20 grupos de trabalho" sob a coordenação de Assunção Cristas, cabeça-de-lista por Leiria.

E por muito que custe à Esquerda portuguesa (PSD, PS, CDU e BE), a justiça social em particular e a boa governação em geral não são privilégios da Esquerda. E é isso que Paulo Portas pretende quando quer rever as condições de atribuição do Rendimento Mínimo, de forma a captar verbas para "melhorar as pensões" rurais, sociais e mínimas "de um milhão de pensionistas".

"Vou deslocar uma parte do que está no Rendimento Mínimo. Prefiro apoiar quem trabalhou toda a vida do que quem às vezes abusa do Rendimento Mínimo porque não quer trabalhar, mas quer viver à custa do contribuinte", sustenta Paulo Portas.

"O dinheiro que aí se vai buscar é aplicado em pensões, porque essas sim, eu tenho a certeza de que são dadas a pessoas que trabalharam a vida inteira. Isto é uma grande diferença entre o CDS e qualquer outro partido", insiste.

Pois é. Mas a máquina está montada para que os donos do reino continuem a ser o PSD e o PS, ou o PS e o PSD, num bloco central ao qual os portugueses parecem estar condenados.

Até mesmo a produção nacional de sondagens de linha branca está preparada para, com a cobertura dos congéneres da produção de textos de linha também branca (chamam-lhe Imprensa), levar os eleitores a votarem em mais do mesmo.

Dando, como continuarão a dar, um empate técnico entre PS e PSD, essas linhas de produção estão a condicionar a livre escolha dos eleitores.

Os que gostariam de votar no CDS porque estão desiludidos com o PSD, temem que o seu voto acabe por ajudar o PS. Os que gostariam de votar no BE ou CDU porque estão desiludidos com o PS, temem que o seu voto acabe por ajudar o PSD.

E assim, dividindo para reinar, tudo vai continuar na mesma, como acontece há trinta e tal anos, com os tachos divididos entre a família do centrão.

1 comentário:

Anónimo disse...

É o tal do voto útil, estúpido, melhor dizendo e a capacidade "inovadora" do rebanho português... e assim arrastam as minorias para o lodo do pensamento tacanho.
Só vêem, o que está à frente...
E depois queixam-se, queixam-se... O fadinho português típico e as carpideiras.
Enfim gostam de ser comidos por lorpas, os Media portugueses sabem e usam e abusam e eles deixam. E todos corruptos, ou quase.
Por isso é que somos, o Pais menos desenvolvido da Europa.