terça-feira, outubro 27, 2009

Faço minhas as palavras do Carlos Narciso
e espero que mais alguns façam o mesmo

«Há uns meses, a Prisa anunciou ao Mundo a intenção de despedir uns milhares de trabalhadores. Os espanhóis andaram a comprar tudo o que mexia, amontoaram uma dívida bancária maluca e, agora, não aguentam com o juro…

Entre os milhares que vão ser despedidos, alguns são portugueses e, entre esses, um é um doente com cancro. Alguém que quando se preparava para lutar pela vida se vê na contingência de ter de lutar, também , pela subsistência…

Nem conheço o Pedro Murias. Pela foto, é um rapaz da minha idade. Deve ser um jornalista experiente, alguém capaz de enquadrar os mais jovens, de lhes transmitir conhecimentos vivenciados, de funcionar como filtro de qualidade numa redacção.

Se a Media Capital acha que não precisa desse tipo de jornalistas, pior para a empresa. Mas não pode fazer tábua rasa de tudo o mais… e só a ideia de um doente poder ser despedido é algo de insuportável.

Não sei se Juan Luís Cebrian, o CEO da Prisa, sabe do que se está a passar. A ordem de despedir foi dele, por certo. Mas a escolha foi feita aqui, pelos
gestores locais.

Pode ser que para o senhor Cebrian também seja insuportável a intenção de despedir um doente cancerígeno. Na dúvida, enviei-lhe um email. Façam o mesmo. Para aqui:
ceo@prisa.es

Vozes de burro não chegam ao céu, eu sei, mas pode ser que este CEO não seja assim tão castigador.»

1 comentário:

Anónimo disse...

Faz muito bem, Orlando. Precisa-se solidariedade, neste mundo tão injusto. Vamos a ver se dá resultado. O Carlos Narciso e o Orlando, estão sempre prontos a ajudar quem precisa...