segunda-feira, outubro 12, 2009

Quem quer come, quem não quer morre

Faz amanhã um ano que o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, cujo país presidia então à União Europeia, denunciou a situação "intolerável e mortífera" no Leste da República Democrática do Congo, onde a UE temia "novos massacres".

É preciso "fazer soar o alarme. A situação volta a ser intolerável e mortífera", declarou o ministro à saída de uma reunião com os seus homólogos da UE no Luxemburgo. "Nós tememos que novos massacres, terríveis, voltem aquela parte do Leste e ao Kivu", adiantou, acusando o Ruanda e a RD Congo de "alimentarem" o conflito.

O exército congolês enfrentava desde final de Agosto a rebelião de Laurent Nkunda na região do Leste do Norte-Kivu, que faz fronteira com o Ruanda. Na República Democrática do Congo, segundo a UNICEF, milhares de crianças foram recrutadas à força por grupos armados e usadas como crianças-soldado ou mantidas em cativeiro como escravas sexuais por longos períodos de tempo.

Embora estejam muito calmos, os generais angolanos continuam a ter presente a sua velha tese herdada dos cubanos e russos: quem quer come, quem não quer morre.

E sendo que Angola tem quase mais generais (entendidos figurativamente como sinónimo de militares) do que angolanos, se calhar até vem a calhar um conflito ali ao lado.

Como aqui também se disse na altura («Militares subordinados ao poder político ou políticos subordinados ao poder militar?»), “não tardará a altura em que os militares angolanos vão ser “obrigados” a fazer uns exercícios num país vizinho”.

1 comentário:

MarOlK disse...

Bom tomara que não aconteça tal exercício, embora espero de quase tudo destes senhores, Só muito me embasbaca ainda não ter ouvido nenhuma reacção do Egº José Eduardo dos Santos face a esta situação, será que está a espera que algun dos seus "exogmáticos" escravos faça isso por ele???