sexta-feira, janeiro 29, 2010

Desemprego em Portugal acelera
- Urge pôr nos carris lusos o TGV

A taxa de desemprego em Portugal subiu para 10,4%, em Dezembro, de acordo com os dados hoje, sexta-feira, divulgados pelo Eurostat. Na Europa a 27, só a Letónia está pior do que a Espanha.

E assim, à boa maneira lusitana dos brandos costumes, lá vamos todos cantando e rindo, levados, levados sim pelas promessas de que um dia o país volte a estar na ordem.

Os 10,4% de taxa de desemprego apurados pelo Eurostat consubstanciam uma subida de 0,1% relativamente aos 10,3% registados em Novembro de 2009 e colocam Portugal com uma taxa média de desemprego superior à média da Zona Euro e a média da União Europeia.


Nada mau. Pode avançar, sem problemas, o TGV, novos aeroportos e por aí adiante. Todos temos a certeza de que haverá sempre alguém capaz de fechar a porta e apagar a luz.

Na Zona Euro a taxa subiu para 10% e na União a 27 a taxa de desemprego aumentou 9,6%. Na União Europeia, a Holanda (4,0%) e a Áustria (5,4%) são os países com as taxas mais baixas de desemprego.

Mas, de facto, é caso para perguntar: quem são os holandeses e os austríacos para darem lições aos portugueses? Sim, quem são? Os lusitanos querem lá saber de 4 ou 5% de desempregados. Querem é comboios de alta velocidade.

Em Portugal (para quem não sabe, é aquele país a norte – embora cda vez mais a sul – de Marrocos), a taxa de desemprego aumentou pouco mais de 2% entre Dezembro de 2008 e o mesmo mês de 2009, ao subir de 8,1% para os 10,4% agora apurados pelo Eurostat.

As subidas mais acentuadas foram registadas nos países bálticos: Letónia, que dobrou a taxa de desemprego (de 11,3% para 22,8%), na Estónia, que passou de 6,% em Dezembro de 2008 para 15,2% em Dezembro de 2009, e na Lituânia, a taxa do desemprego mais do que dobrou, de 6,5% para 14,6%.

Estão a ver? Ainda se queixam os portugueses. Olhem para estes exemplares casos. Portugal é um paraíso. Para alguns, é claro. Vejam lá se os poucos que têm milhões se preocupam com os milhões que têm pouco
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