terça-feira, janeiro 19, 2010

Jorge Congo, Manuel Monteiro e Cravinho

«Portugal traiu o povo de Cabinda e vai ter de amadurecer mais como nação para repensar a sua posição em relação ao enclave». A critica é do padre Jorge Casimiro Congo, um dos nomes que integra a lista do Governo angolano e que escapou à onda de prisões que nos últimos dias levou à cadeia cinco activistas dos direitos humanos.

Em entrevista à Rádio Renascença (um dos poucos órgãos de comunicação social portuguesa que dá voz a quem a não tem), este sacerdote diz-se preparado para ser preso quando regressar a Cabinda e considera que a FLEC aproveitou o CAN ter mais visibilidade política.

Uma entrevista onde diz que o regime de Luanda é incapaz de assumir politicamente a questão de Cabinda e desafia mesmo o governo angolano a fazer um referendo no enclave.

Por sua vez, Manuel Monteiro considera as «represálias contra quem pensa de forma diferente» em Cabinda é uma atitude que «deve merecer inequívoca condenação das autoridades portuguesas».

Segundo Manuel Monteiro no plano das relações internacionais «reina o primado do cinismo» e as «considerações de justo ou injusto dependem das épocas, das circunstâncias e até dos interesses materiais, mas há limites que não podem ser ultrapassados. Portugal deve pedir a imediata libertação do Padre Raul Tati. E deve fazê-lo em nome daquilo que diz defender e acreditar interna e externamente: o Direito à diferença».

Entretanto, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, disse à Lusa que Portugal não interfere nos assuntos de Cabinda e que estes pertencem ao domínio da soberania angolana. "Portugal não tem nada a ver com a questão de Cabinda. É um assunto de soberania angolana", afirmou João Gomes Cravinho.

Cravinho demonstra o que eu, e certamento muitos outros, desconhecíamos: Afinal, Portugal é como país muito mais recente do que se dizia. De acordo com o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Portugal (tal como Angola, Cabinda etc.) só existem desde 25 de Abril de 1974. Tudo o que se passou antes é mera ficção.

2 comentários:

Gil Gonçalves disse...

As igrejas ajudam-me na miséria. Aviltam-me com o que não tenho, dinheiro

A hipocrisia Ocidental espalha-se por Angola ao ritmo do bigue-bangue
Está muito desenvolvida, até já tem disciplina universitária garantida
Está como os cães que também já não acreditam nos seus donos. Crise de hipocrisia canina
Ladram hipocritamente para os gatunos
Tão cínicos estão que fingem que gostam da comida que o dono lhes dá
E ladram no melhor sono da noite
Prazerosos em acordarem os donos
Ladram óperas
Os donos levantam-se agitados, dirigem-se para os amigos infiéis
As caudas peludas agitam-se. Justificam o ladrar tentando morder o ensonado
dono, fingindo que é um gatuno. Muitos proprietários aperceberam-se do logro
Já não lhes falam, ladram-lhes
A curto prazo uma serenata canídea será uivada

Como querem que acredite em Deus?!
Creio no Grande Deus da Fome. Quando morrer tenho o seu paraíso garantido
Antes de lá chegar aguardo por uma comissão da ONU para me governar

Anónimo disse...

Vamos ganhar! O objectivo está traçado: o CANeco é nosso. Quarto é para dormir, meia é para quem tem frio no pé e segundo passa rápido é pouco tempo. Também na tuga o mambo é assim: sou Palanca Negra até ao fim! A tua lista toda pede esta mensagem não vacila lhe dá lhe dá ...
AFS