sexta-feira, julho 16, 2010

As tetas da porca política lusitana

O ministro português (de que outro país poderia ser?) da Presidência afirmou, hoje, perceber “a ânsia” do presidente do CDS em ir para o Governo e em abrir uma crise política, mas considerou que esse é um problema de Paulo Portas e não dos portugueses.

Pedro Silva Pereira tem parcialmente razão. É que, para os portugueses, o principal problema até não é Paulo Portas mas, isso sim, o de terem um governo acéfalo e ditatorial como é o de José Sócrates.

Pedro Silva Pereira falava no final do Conselho de Ministros, comentando o repto lançado quinta-feira pelo presidente do CDS, na Assembleia da República, para que José Sócrates abandone as funções de primeiro-ministro e permita que se forme uma Governo de coligação entre PS, PSD e CDS.

É evidente que, mais uma vez, o CDS não perde uma oportunidade para marcar presença e, tanto quanto possível, tentar garantir uma das tetas da porca pública que alimenta grande parte dos parasitas políticos do reino lusitano.

“Percebo a ânsia de Paulo Portas em querer ir para o Governo, para que haja crise política e, porventura até, eleições, mas esse é um problema de Paulo Portas, porque está na oposição, e não do país. A última coisa que o país pensa agora é fazer mais eleições, depois de termos tido três no ano passado e de haver presidenciais em Janeiro”, respondeu o ministro da Presidência.

Mais crise do que a que existe não me parece possível. Por isso, quanto mais cedo os portugueses forem chamados a dizer de sua justiça, melhor. Isto porque, as balelas do Governo já não convencem nem mesmo os socialistas.

Pedro Silva Pereira considerou depois que Portugal “não pode estar sempre em eleições” e defendeu que “a instabilidade política é negativa para os interesses das famílias, das empresas e dos portugueses em geral”.

É verdade. Mas entre a instabilidade e a eventualidade de uma mudança para melhor (para pior é difícil) a opção dos 700 mil desempregados, dos 20% de miseráveis e de outros 20% de pobres não é difícil de advinhar, por muito que isso custe ao sumo pontífice do PS e aos seus acólitos.

“Precisamos de trabalhar e executar os programas que foram aprovados para dar confiança à economia portuguesa. Mas o que não inspira qualquer confiança é que o país se entretenha a discutir a oportunidade de uma crise política agora ou daqui a mais um bocadinho”, disse Silva Pereira.

Como teoria para quem está agarrado ao tacho... não está mal. O PS tem medo de eleições. Não tanto pelo cartão vermelho que os portugueses certamente lhe irão mostrar, mas sobretudo porque dentro do PS são cada vez mais os que pensam que Sócrates e companhia há muito deixaram de ser bestiais para seres... bestas.

Para o ministro da Presidência, a generalidade dos portugueses espera que “esta legislatura se cumpra, que o mandato que foi dado ao Governo para governar possa ser exercido e que o Governo, no âmbito dessas responsabilidades, possa enfrentar os problemas”.

Tretas. O governo socialista está em cima de um tapete rolante que para trás. Inteligente como ninguém, Sócrates ao ver o movimento do tapete reparou que estava na posição contrária e começou a andar no sentido do tapete, ou seja para trás. E com ele está a levar o país.

Por alguma razão, desde que José Sócrates chegou a dono do país, Portugal está cada vez mais perto dos mais evoluídos paises do norte... de África.

2 comentários:

Manuel Afonso Bastos disse...

As tetas continuaram depois de Sócrates.O país está pior e continuará a piorar em todos os aspectos.Enquanto na oposição estes dois partidos agora no governo, sabiam todas as medidas que Sócrates não tomava por inépcia, ignorância e/ou falta de imaginação.
Os contribuintes estavam já esmagados com tantos impostos, etc.
E agora, o que foi feito?
Esqueceram-se de todas as medidas que diziam terem preparadas, os impostos nunca subiram tanto, o desemprego aumentou, a pobreza aumentou, a recessão é maior e continuará a aumentar. Esquecendo todo o seu saber, o governo pediu agora apoio técnico à UE.
Sócrates pagou e já fora da política continua a pagar as favas, ele que até ao fim sempre quis evitar a vinda da "troika", porque sabia o que o FMI tinha feito já no Brasil e na Argentina.
~E na verdade , a maior parte das medidas que nos foram impostas têm consequências altamente recessivas, como estamos a verificar.
Mas Sócrates continua a ser o único responsável, muito embora toda a gente saiba da volatilidade dos mercados, da grande ganância dos agentes financeiros e da mediocridade dos elementos que constituem os órgãos mais da influentes da UE, que no fundo eram os argumentos que Sócrates utilizava na sua defesa.
Quais foram os partidos que boicotaram as reformas que Sócrates quis implementar?
Para que serviram as eleições se era possível formar um governo de iniciativa presidencial comprometendo os três partidos? . Por que é que Cavaco Silva não optou por essa solução, poupando tempo e dinheiro ao país?!

Manuel Afonso Bastos disse...

Eleições, interesses dos grupos financeiros, costas largas de <Sócrates, atual governo sem políticos