terça-feira, abril 19, 2011

Sempre, é claro!, na dianteira das modernices

Pelo menos há um ano Portugal não tinha problemas graves (com excepção de 20% de pobres, outros 20% com a pobreza a bater à porta, e cerca de 700 mil desempregados).

Recordo-me, por exemplo, que no dia 31 de Maio de 2010, foi simpático saber que o primeiro-ministro, José Sócrates, iria (pelo menos) almoçar, na residência oficial, com representantes das associações de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros.

Na altura, escrevi que era chegada a vez de (todos) os políticos do reino lusitano aproveitarem para juntar ao seu pacote gay também a questão, entre outras do género, da poligamia. Embora os credores andem por aí, se calhar continua a ser uma boa possibilidade para os sensibilizar.

Aliás, importa recordar mesmo que seja ao FMI, ao BCE ou à União Euopeia, que a questão da poligamia está também na ordem do dia e é um sinal de modernismo, não tanto europeu mas nem por isso menor. Veja-se o exemplo do presidente da África do Sul que ainda há pouco tempo casou, em Nkandla, no Kwazulu-Natal, com a quinta mulher.

Jacob Zuma, então com 64 anos, casou com Thobeka Madiba, de 34 anos. Polígamo legal, ao abrigo da lei tradicional consuetudinária sul-africana, Zuma contraiu matrimónio pela última vez em 2007 e tem 18 filhos e filhas.

Digam lá que não seria um bom exemplo para as bandas das ocidentais praias lusitanas onde as orgias são, entre outras práticas, uma velha tradição?

Não sei como é a situação a nível dos homossexuais, mas um estudo de pesquisadores britânicos observou que os homens de países que permitem a poligamia vivem em média mais do que aqueles que vivem em países onde a prática é proibida.

E se assim é, Portugal poderia ter certamente durante mais tempo gente capaz de produzir mais impostos.

Cientistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, perceberam que homens acima de 60 anos de 140 países poligâmicos têm uma expectativa de vida em média 12% maior que a de homens de 49 nações monogâmicas.

Os dados, obtidos a partir de relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram calculados de maneira a desconsiderar factores socioeconómicos nos diferentes países.

As conclusões foram apresentadas pela coordenadora da pesquisa, Virpi Lummaa, num encontro internacional de estudos de comportamento em Ithaca, Nova Iorque (EUA), e reproduzidas numa reportagem da revista New Scientist.

Eu sei que a questão não é consensual. A justiça islâmica de um estado do norte da Nigéria, por exemplo, decidiu há uns tempos reenviar para um tribunal civil daquele País, o processo de um homem com 86 mulheres que recusou o divórico a 82 delas.

O tribunal tinha imposto a Muhammadu Masaba Bello, de 84 anos, que se divorciasse de 82 das 86 esposas que tem para cumprir a regra que limita um muçulmano ao máximo de quatro mulheres.

O juiz rejeitou ainda o pedido de fiança de Bello cujo caso eclodiu quando este anunciou, nos meios de comunicação social nigerianos, que tinha 86 esposas e 170 filhos.

A revelação causou indignação perante as autoridades da Nigéria que exigiram a pena de morte por poligamia, a menos que o homem se divorciasse de 82 mulheres, ficando com o máximo de quatro esposas.

Francamente. E depois vem a Europa falar de quebra na natalidade!

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