domingo, dezembro 25, 2011

Uma (excelente) prenda de Natal

“Atrevo-me a fazer uma dobradinha junto com este poema de Orlando Castro, que se não nasceu para jornalista, escritor e poeta, então devo concluir que não percebo nada da vida. A sua qualidade é conhecida e a sua noção de profissionalismo, humanismo e de justiça também. Por prémio tocou-lhe, como a tantos outros da mesma espécie, o desemprego. Quem o manda ser vertebrado e caminhar na vertical?

Não que me tenha dito mas imagino, com certeza na verdade, que com a sua idade está velho para arranjar emprego e muito novo para se reformar.

E assim, neste país, estes implementadores  de regras bacocas e demasiado idiotas, os políticos e empresários de um modernismo “déjá vu” rumo ao esclavagismo, também donos da verdade das notícias e dos escribas que as escrevem ou as dizem, tudo fazem por que a sociedade perca os seus maiores valores em jornalismo e em muitas outras profissões – na ciência, artitetura, etc. -  preferindo mentecaptos domados, semelhantes a vermes, invertebrados, usando a viscosidade contagiante de políticos que os compram ou que os tornam temerosos…

Interrompo. Pondero… que provavelmente não devia escrever isto, assim, aqui, nem agora por esta quadra. Se calhar nem nunca. Mas a minha teimosia prevalece e faço questão de que seja encontrado nestas palavras os louvores para aqueles que os merecem e os sinos, as campainhas e os alarmes possíveis, para os que caminham na senda do obscurantismo anexo à censura “democrática”, à manipulação e alienação que percebemos campear cada vez mais na comunicação social de Portugal e do mundo.

Neste Natal, então, acabo por deixar aqui louvores e campainhas de alarme. Para os já há muito tempo invertebrados faço a doação de umas folhas de couve rascas, que é aquilo que merecem.

Que a força invada e ilumine os com valor, com razão, mas injustiçados.

Muito obrigado Orlandos deste mundo!

António Veríssimo”


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