quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Do JN à TSF, do DN ao 24 Horas

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) de Portugal, no que já se tornou um hábito (despedimentos colectivos no JN, DN e 24 Horas), repudiou hoje a abordagem individual a jornalistas e outros trabalhadores em curso na TSF, com vista ao seu despedimento.

Esse despedimento está a se feito sob a forma de rescisão por mútuo acordo, tendo o SJ exortado a empresa, do Grupo Controlinveste, a negociar alternativas com os representantes dos trabalhadores.

Em comunicado, a Direcção do SJ alerta para o risco de a dispensa de profissionais poder agravar a situação da TSF, diminuindo a sua capacidade de trabalho, propõe a negociação de soluções alternativas com os representantes dos trabalhadores e reafirma a sua disponibilidade para apoiar esse processo.

O comunicado é do seguinte teor:

“1. A TSF, rádio do grupo Controlinveste, tem vindo a abordar jornalistas e outros trabalhadores, com vista à sua dispensa através da chamada rescisão por mútuo acordo, método que a Direcção do Sindicato dos Jornalistas repudia em absoluto, por ser ofensivo da dignidade pessoal e profissional dos atingidos.

2. Com efeito, se ninguém se pode opor – embora possa lamentar, devido à descapitalização em memória, experiência e sentido crítico que podem representar – a programas de adesão voluntária para redução de efectivos, é inteiramente condenável a abordagem individual a trabalhadores, especialmente se a sua selecção não é clara, objectiva e transparente.

3. Por outro lado, a dimensão do processo encetado, atingindo cinco jornalistas na sede e dois em delegações importantes (Alentejo e Algarve), justifica a maior preocupação quanto à capacidade da TSF de servir os ouvintes sem perda de qualidade, sendo de temer que a medida, alegadamente ditada por razões de conjunto económico-financeira, venha a ter um efeito nefasto no futuro da rádio.

4. A Direcção do SJ manifesta inteira solidariedade para com os jornalistas e outros trabalhadores abrangidos pela iniciativa da empresa, exortando também todos os jornalistas ao serviço da TSF à resistência colectiva a tal medida, exigindo a negociação de alternativas ao despedimento, protegendo os postos de trabalho dos camaradas que a empresa quer dispensar agora, bem como os que podem vir a ser postos em causa no futuro.

5. O SJ entende que há alternativas e está disponível para apoiar a sua discussão, assim a empresa esteja interessada em dialogar com os jornalistas através dos seus representantes e negociar soluções que não diminuam a capacidade de trabalho da rádio nem ponham em causa os postos de trabalho dos profissionais ao seu serviço.”

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