quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Viva o azeite Miguel Relvas!

O Santuário de Fátima (em Portugal) está a preparar a comercialização de azeite com marca e embalagem próprias, oriundo de um olival situado na zona do Monte dos Valinhos e Aljustrel, junto à Cova de Iria, anunciou a instituição.

Consta que a decisiva e pragmática aposta do governo português, para além dos pastéis de Belém, poderá passar também pelo aproveitamento dos seus azeiteiros de modo a que, em breve, apareçam  garrafas e garrafões com os rótulos do tipo “Azeite Miguel Relvas”.
 "O nosso primeiro objectivo é sempre a preservação do olival (...), mas visto termos uma grande produção de azeite, estamos a tentar que, no futuro, a médio prazo, o possamos comercializar com marca e embalagens próprias", explicou o padre Cristiano Saraiva, administrador do Santuário de Fátima.
Em 2011, as mais de 4700 oliveiras propriedade do Santuário produziram 19.547 quilos de azeitona, o correspondente a 2.455 litros de azeite.
Sete funcionários, liderados por um engenheiro agrónomo, integram a equipa que preserva o Monte dos Valinhos e terrenos na Cova de Iria, contando ainda com a contribuição de um consultor paisagístico, segundo o boletim informativo do Santuário de Fátima.
Segundo o padre Cristiano Saraiva, dos cerca de 60 hectares de terra que o Santuário possui actualmente, a maioria é ocupada com olival.
"Tudo o que descaracterize o monte é eliminado, queremos a vegetação autóctone: as oliveiras, os carrascos, os pequenos arbustos", explicou o sacerdote, que define aquele espaço como "um pulmão em termos ambientais e espirituais".
Portugal reforça assim a aposta neste sector. Nos últimos 20 anos mais do que duplicou a produção de azeite, de 26 mil toneladas para 68 mil, ao mesmo tempo que reduziu para metade o total de lagares.
É caso para confirmar (não seria preciso, mas fica sempre bem) que Portugal é cada vez mais um país de azeiteiros (“que ou quem produz ou vende azeite”). Talvez seja por isso que o  Governo dá loas a todos os azeiteiros nacionais que são, de facto, boas pessoas e produzem algo de qualidade reconhecida internacionalmente.
Em 1990, ano que constituiu o ponto mais baixo que se conhece de produção de azeite, Portugal possuía quase mil lagares, para produzir 26 mil toneladas daquele produto alimentar.
Mas, passados pouco mais de 20 anos, o país já tinha reduzido para metade o número de lagares, ou seja, para pouco mais de 500, aumentando a produção de azeite para as 68 mil toneladas.

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